Embora a economia do país – a maior da América Latina e a segunda do hemisfério ocidental, depois dos Estados Unidos – enfrente dificuldades para se recuperar da pior recessão de todos os tempos, as compras on-line dispararam. Mais de 80% dos consumidores afirmam ter feito uma compra internacional por meio de e-commerce, de acordo com o estudo global UPS Pulse of the Online Shopper (POTOS). Só neste ano, o setor brasileiro de e-commerce deve crescer a uma taxa de 12%, e a estimativa é de que as vendas atinjam R$ 53,5 bilhões (mais de US$ 15 bilhões).
Esse crescimento ocorre mesmo com os brasileiros enfrentando o desemprego, a inflação e a corrupção. Imagine quanto o e-varejo aumentará quando a quinta maior economia móvel e de internet do mundo superar suas dificuldades.
Aproveitar esse potencial não é tão fácil quanto publicar fotos em um website e ver as encomendas chegando. Para os varejistas on-line que quiserem aproveitá-lo, aqui vão algumas dicas básicas para começar:
*Faça sua lição de casa: o Brasil pode ser complexo para os novatos. A tributação elevada aumenta muito o preço das mercadorias importadas, ao passo que o sistema aduaneiro é instável. Erros mínimos na burocracia podem provocar longos atrasos no processamento. Enquanto isso, tanto exportadores quanto importadores devem se cadastrar na Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) e obedecer ao Código de Defesa do Consumidor brasileiro, que favorece fortemente os consumidores (até mesmo equívocos não propositais podem resultar em litígio). Por esses motivos, o Departamento de Comércio dos EUA recomenda que exportadores menores se unam a um parceiro local confiável para desenvolver novos negócios.
*Estude a logística: o Brasil não tem uma infraestrutura que facilite os deslocamentos. O Fórum Econômico Mundial classifica o Brasil em 107º lugar, num total de 144 países, em termos de nível de desenvolvimento, um dos fatores que levam o Departamento de Comércio Norte-Americano a alertar que a logística “impõe um desafio especial” para empresas que fazem negócio no Brasil. Isso significa que você precisa encontrar um parceiro logístico local, como a UPS, que saiba, literalmente, navegar pelo território. Esse parceiro também oferecerá conhecimentos especializados que podem fazer toda a diferença nas despesas de desembaraço.
*Saiba mais sobre os costumes locais: Assim que tiver tudo pronto para iniciar as operações, pense no que diferencia os consumidores brasileiros. Para esse mercado, o estudo UPS POTOS recomenda que os varejistas on-line ofereçam opções flexíveis de entrega, tais como retirada na loja, alternativa de endereço de entrega, entrega expressa e flexibilidade de horário (após as 17h e aos fins de semana). Tratando-se de local alternativo, 55% dos entrevistados na pesquisa preferem essa opção, contra apenas 26% três anos antes. Os brasileiros também são mais pacientes do que os consumidores de outras regiões. Enquanto outros países trabalham com opções de entrega no mesmo dia, eles se dispõem a esperar, em média, sete dias se pagarem pelo frete e 11 dias se o frete for gratuito.
*Seja inteligente, seja móvel: Enquanto alguns países estão repletos de usuários de computador ou tablet, 90% de quem compra on-line no Brasil usa smartphone, bem acima dos 81% registrados no Canadá e dos 79% nos Estados Unidos. Se isso não for convincente o bastante para você ter um site com boa navegação móvel, pense que 59% dos e-consumidores brasileiros já fizeram uma compra pelo smartphone, contra 40% em 2015, segundo o UPS POTOS. A frequência na utilização do celular é especialmente maior no Brasil quando é o caso de encontrar endereços e informações de lojas, de rastrear pedidos, de comparar preços e de pesquisar produtos antes de visitar uma loja.
Fonte: http://www.revistamundologistica.com.br
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